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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Resenha - Cinquenta Tons de Cinza

Aquilo que Sr. Grey e Srta. Steele tem em comum com você.


Para as mulheres

           Um das leituras mais simples e devoráveis que já li. E assim definiria subjetivamente a obra de Cinquenta Tons de Cinza. Não menosprezando de forma alguma o conteúdo do livro, mas é fato mostrar para o leitor que se trata de um livro erótico, mas completamente simples, previsível, e instigante. Anastácia Steele é a personificação para uma porção de todas as mulheres guardadas dentro de si. Qual de vocês não gostaria de meia hora ao lado de um Sr. Grey? Quando fiz essa pergunta não leve em conta o fato de ser um sadista, afinal ele é, mas todo homem que se prese guarda em si um desejo, um segredo ou pelo menos digo que o homem que assim se faz tem o poder de magnetizar a mulher que ele deseja, e a mulher que quer ser desejada. Ana é a mulher desejada, e uma vez na vida a mulher vai precisar se sentir como ela. O desejo desperta o “frio na barriga”, o desejo desperta um lado íntimo que só se apresenta ao homem seguro de si, como um Sr. Grey. O fato é, este livro trabalha nas entrelinhas dos personagens e em suas características psicológicas. Ou se já, quero dizer que é um livro que vai mexer com você se você quer ler ele como um dos personagens posso te garantir que a leitura será muito interessante. O imaginário feminino é perfeitamente trabalhado pela autora E.L. James, assim faz as mulheres que consomem sua literatura voltarem a falar sobre sexo. O fato, como já afirmei não é o sadismo, mas sim o desejo que pode ser interpretado por um homem em relação a sua mulher. E saber que qualquer homem, quando encontra uma mulher que além de ser submissa em algum momento do relacionamento, também deseja que ele seja o seu imã para a vida toda. Assim acontece entre o casal deste best-seller. Anastácia nada mais é que uma mulher que assim se porta no desejo, quer o desejo e quer ser desejada, e isso atinge um coração perturbado do nosso portador de parafilias, Sr. Grey descobre que não passa de um homem como qualquer outro. Qualquer mulher é como Anastácia, sim qualquer. A mulher muitas vezes passa a falar de sexo a partir de um momento que isso passa a ser a ênfase de um “momento”, ou seja, um momento de se sentir desejada passa a ser o protagonista de sua vida, ela passa a se portar diferente e a falar de sexo. Não assisti ao filme, mas li o livro em duas horas e meia ao longo da madrugada de hoje. Sra. Steele é uma mulher, esse é o fato, e para todo homem que acaba descobrindo algo diferente em apenas uma mulher, entende que essa feminilidade, um posso hormonal imprevisível, é um recanto de mil possibilidades. O personagem imprevisível desta saga é Anastásia e seu imaginário e não o magnata da Grey’s Enterprise, todo homem pode ser um Grey, mas nem toda mulher pode ser uma Steele.

             Para homens

Meu amigo, se você acha que é preciso um helicóptero com seu nome nele para impressionar uma mulher, olha, vai morrer solteiro. Ser um Grey pode ser tarefa difícil, mas é inspirador. Você pode ser um Grey dirigindo um fusca, ou mesmo a pé, não é necessário um meio de transporte. Seja um Grey em mexer com o sentimento de “venha me buscar e saia comigo”, é claro que o fato de ter um valor no bolso ajuda muito a realizar pequenos mimos, mas não é o necessário. Se você é um homem que pode corresponder uma determinada mulher, eu digo, não tenha um helicóptero, seja o helicóptero. O sadista de quem falo tem desejos pessoais ocultos para muitos, este segredo o obriga a realizar um contrato com a Srta. Steele em uma “reunião de negócios”. Quantos homens as mulheres conhecem que são capazes de realizar um contrato mental com sua parceira. Algo como “nunca diga o que sou a ninguém”, mexe com qualquer coração puro esperando para que o homem certo, na medida certa, com os parâmetros certos, façam com que ele seja a ela um ponto de intersecção de seu alter, ego e supereu. O Sr. Grey nada mais é que um ponto que cruza o imaginário de Anastácia, ele é o limiar entre razão e emoção, pois ele é real e existe dentro de todo homem que deseja ouvir isso de si. Assim digo que este personagem é previsível, simples, e muito, mas muito bem construído pela autora. Ele é a correspondência dos desejos de uma mulher, isso o faz o homem do momento, e isso torna a história interessante. Sim, interessante porque a qualquer momento, por ser algo comum e ora singular, elegante, charmoso e cheiroso, reunindo características essenciais faz mexer com as mulheres que leem este livro, o fato é que a qualquer momento essas mulheres que leem podem esbarrar com seu Christian Grey. Este homem não passa nada mais nada menos que um homem comum em sua melhor fase intrapessoal.

            Para ambos os sexos
        Cena explicita te aguarda nesta leitura simples, nada entediante e muito devorável. Fora do parâmetro agua com açúcar, excitante, meche com a imaginação feminina e, se o homem for do tipo “para bom entendedor, meia palavra basta”, poderá muito bem aprimorar seu comportamento e seu relacionamento com as pessoas, o que faz um homem Dominador é ele se sentir interessante, e o que faz uma mulher Submissa é querer de um homem quando olhar para ela seja eivado de curiosidade e unicidade. Críticos dizem que Cinquenta Tons de Cinza¸é um best-seller e todo mundo esta lendo, e o motivo principal é um livro apresentar bem aquilo que as pessoas imaginam, mas não falam. A autora teve a sacada de o “erótico” não ser “pornô”, afinal este é o sexo por sexo – nas palavras de Grey, “Eu não faço amor, eu fodo” – e aquele é a sedução. No fim Anastácia Steele é uma heroína sexual, porque acaba mostrando que o sadismo de Grey nada mais é que uma paixão, e a partir do momento que ele percebe isso acaba vendo que sua parceira que gosta de uns tapas, também está apaixonada por ele, afinal um homem que se entrega a suas paixões em momentos de intimidade fortalece muito um relacionamento, ele por sua vez, nota que suas paixões o faz muito romântico. Vale a pena ler o “pornô para mamães” ou o “Cinderela tarada”. Recomendo a Leitura.