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sexta-feira, 9 de março de 2012

Resenha - Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos


Uma prévia do escritor que vos fala:
"Eu não li Meigan. Eu vivi Meigan. Senti a angustia de Keyth, o nervosismo de Maya, e as tradições de Seth. Vivi como se estivesse correndo pelas ruas de Katur e vendo a vida dos personagens se desenrolar diante de meus olhos."


Sinopse do Livro
Contos de MeiganMeigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi. Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Estava preocupada, pois algo afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu deixar de lado as diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?


A minha leitura.
Quando lia Contos de Meigan foi como se algo estivesse preparado para mim. Chegava a casa depois dos meus compromissos e ele estava lá, sobre minha cama me esperando para um embarque, que levaria algumas horas de viagem para algo distante e próximo ao mesmo tempo.  A viagem que fiz pelas terras Meigan foi mais empolgante de quando entrei pelo guarda-roupa de C.S. Lewis pela primeira vez. Senti que respirava um ar diferente dos quais nunca tinha sentido, o vento era forte no Solo Sagrado e a escuridão também. Quando passava pelos portões da que cercavam a tikz fiquei apenas olhando e descrevê-los não cabe a mim.  Então para ler este livro fiz como Seth: “Curioso, o guardião aguçou seus ouvidos e conseguiu ouvir o que o vento, as árvores e os corvos diziam.”
Foi assim do começo ao fim.
Vocabulários especiais:

Meneou: Balançar de um lado para o outro
Marejou: Verter, gotejar – Borbulhar, brotar. – Encher-se de (Lágrimas) – Destilar
Etéreo: Celeste, Divino, sublime e elevado – Puro
Letargia: Preguiça de; - Apatia e Indiferença a algo.

Uma visão Crítica Literária, para a sua leitura
Este livro não é para leitores infantis, e sim para leitores com certa compreensão sobre acontecimentos como a morte e a frieza de acontecimentos. Uma leitura voltada para um público a partir da pré-adolescência de idade entre 14 e 15 anos. Mas não o contra indico para leitores mais jovens de faixas etárias anteriores. Apenas recomendo para esse público, devido a fase de vida em que a compreensão de que os acontecimentos de mudança sempre aconteceram com as pessoas, assim como ocorre com os personagens do livro.
É uma leitura de fácil interpretação e que usa de uma excelente estratégia que prende a atenção do leitor entre os capítulos, algo que é muito importante para tornar a leitura agradável, o que eu chamo de dependência textual.
 O texto mostra que as autoras souberam muito bem se colocar no livro, de forma que ficam completamente implícitas e irreconhecíveis as características de uma ou de outra como se fosse, a obra, de uma única autoria. As autoras estão mais sintonizadas que os próprios Manarcus-na-farris com o mantar de Rowen.

Recomendações
Um livro para as pessoas que acham que já leram de tudo sobre fantasia. Ou pelo menos quase tudo. Uma excelente leitura para as curtas férias de inverno que estão por vir. 

2 comentários:

Fico muito feliz que tenha gostado do livro. =D

Gostei mto da resenha! Amoo Meigan e quero logo o segundo livro!!!

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