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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Notas do Autor - Rumos da Literatura Pós-Moderna


Nos últimos momentos da literatura pós-moderna, ou, como prefiro chamar, o instante da contemporaneidade literária do novo século, venho observando, através mesmo do meu trabalho desenvolvido com o Literafics, os rumos que a literatura esta tomando. Na antiguidade dos anos vinte em que literatura era discutida em bares da burguesia até as academias e bibliotecas, creio que os escritores da época que a todo custo buscavam a irreverência em suas obras rompendo os padrões impostos do europeu, por mais revoltosos que eram não poderiam prever até onde a literatura poderia levar o homem. Hoje a biblioteca tradicional perde para a multimídia, e vejo nessa nova tendência que o modo de escrever não mudou, o que realmente mudou foi como fazer chegar ao leitor o livro pelo escritor produzido. A metodologia ortodoxa de escrever em folha de papel vem aos poucos se metamorfoseando, vai para novas ferramentas, como computadores, mas a essência também se transforma e, hoje o número de escritores amadores aumentou muito, afinal o acesso proporcionado pela tecnologia é acessível e as formas de se publicar seu texto muito menos burocrático, sendo este, aquele que o escritor de verdade enfrenta, me refiro às folhas de letras miúdas dos registros da obra inédita.

Diante de elucubração que tive neste fim de semana do dia vinte e um, olhei na minha estante e comparei com meu hard disk de um terabyte que possui dó de biblioteca uma razão quantitativa que minha estante não suportaria, muito menos meu quarto que aos poucos se transforma em uma biblioteca particular muito aconchegante. E de exemplar em exemplar quem mais cresce é minha estante que precisa apenas de cinquenta centímetros para guardar cerca de quinze mil páginas de pura literatura e prática literária. 

Aos poucos essa será a nova tendência de espaço, a nova ordem das bibliotecas virtuais que armazenam muito mais em menos ocupação ambiental, a “biblioteca verde” como se anda conspirando por ai. Apesar de tudo que eu observo posso garantir que, com juízo de meu próprio valor emaranhado em altas doses de subjetivismo, que o cheiro de livro novo que chega nas mãos de um leitor não será obsoleto diante dos e-books.

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