Páginas

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Postagem de Comemoração dos 2.000 acessos do Blog - O Diário do Poeta - v1

Cheguei a uma conclusão hoje. Quando ela disse que estava velho para viver feliz com alguém ao meu lado. Afirmo que sim estou velho, com dezesseis anos.
Sei que sou um bruxo... Que se refugia no próprio ego; que morre em todos os verões e floresce a cada inverno. Aquele que se renova a cada bruma, a cada chuva e a cada densidade que pesa no ar.
Vou morrer como Vicente, escrevendo cartas para aliviar a solidão mórbida e cavernosa de minha casa.
Foi o que disse a ela, mais vale o riso na boca doutro que do que na minha; mais vale vê-la feliz noutro do que ela junto de mim;mais vale o meu choro do que a tristeza do mundo que me cerca.
É uma mera dor em meu âmago, minha angústia sofre mais do que eu mesmo, não obstante, tudo dói dentro de mim. Como o lago que congelou no verão ensolarado.
Não ajo por minha mente, mas por algo a mais, por intermédio de mim, mas por meio de outro, como se outro eu dentro de mim mesmo moresse e padecesse em um coma de aborrecido modo, e um mérito funesto caído em outro mundo, um mundo além dos mundos de C.S. Lewis, onde que mesmo morrendo se vive, onde mesmo vivendo se morre, mesmo que o irreal seja real e mortal se torne imortal.
Escrever para não chorar, mesmo que não fosse a razão...

0 comentários:

Postar um comentário